Dados do Núcleo de Estudos de Doenças Autoimunes
No ano passado realizaram-se 50 mil consultas a portadores de doenças autoimunes, nos 40 centros do Núcleo de Estudos de Doenças Autoimunes (NEDAI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.
De acordo com os dados divulgados no âmbito da 18.ª Reunião Anual do NEDAI, aos quais a agência Lusa teve acesso, dos 20 mil doentes consultados, 3.500 sofriam de artrite reumatóide, 2.500 de lúpus sistémico, 2.200 de espondilite anquilosante e doenças associadas, 800 com síndrome antifosfolipídico 700 com esclerodermia e 500 com vasculite sistémica.
Estas são de doenças com um “caráter particular”, pois no caso do lúpus, considerada a rainha das doenças autoimunes, atinge todos os órgãos do corpo.
As vasculites sistémicas são doenças muito raras e graves, e no caso da esclerodermia não há uma terapêutica que seja eficaz a longo prazo.
A síndrome antifosfolipídico provoca tromboses e enfartes cerebrais com bastante prevalência em mulheres jovens e em idade fértil, bem como uma grande probabilidade de originar abortos espontâneos.
A artrite reumatóide e a espondilite anquilosante são as doenças autoimunes para as quais existem mais terapêuticas com medicamentos biológicos.
Os dados da NEDAI indicam que atualmente estão a ser seguidos pela medicina interna cerca de dois mil doentes que fazem terapêuticas com fármacos biológicos. Destes, cerca de mil têm artrite reumatoide, 700 sofrem de espondilite e os restantes de outras doenças autoimunes.